quinta-feira, 23 de julho de 2009

ALTERAÇÃO NAS DATAS DOS NOSSOS ENCONTROS

Comunicamos aos alunos do Programa de Ressignificação do Sistema de Dependência com Outros Tempos e Espaços de Aprendizagem que o nosso calendário passou por algumas alterações. Salientamos ainda que na semana do Simulado do Ensino Médio - 3, 4 e 5 de agosto e durante os Jogos internos e culminância do projeto da área de Ciências Humanas do Ensino Médio (6 a 11 de agosto) não haverá aula para a dependência. Portanto aproveitem para estudar e colocar as atividades em dias.
Acompanhem as novas datas:
Ciências da Natureza Matemática e suas Tecnologias
Módulo III
Turma de terça-feira Turma de Quarta-feira
14/07 ______________ 15/07
21/07 ______________ 22/07
28/07 ______________ 29/07
18/08 ______________ 19/08

Módulo IV -
25/08 ______________ 26/08
1º/09 ______________ 02/09
08/09 ______________ 09/09
15/09 ______________ 16/09

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias:
Módulo III________ Módulo IV
06/07_____________ 17/08
16/07_____________ 24/08
20/07_____________ 31/08
27/07_____________ 14/09

Ciências Humanas e suas Tecnologias
Módulo III ________ Módulo IV
08/07 ____________ 19/08
15/07 ____________ 26/08
22/07 ____________ 02/09
29/07 ____________ 09/09

A coordenação está a disposição para quaisquer esclarecimentos.

sábado, 18 de julho de 2009

Bacia Hidrográfica do Rio de Contas

Localização:A bacia do rio de Contas limita-se com as bacias do Recôncavo Sul, Paraguaçu, São Francisco,
Pardo e Bacias do Leste.
Nascente:O rio de Contas nasce no município de Piatã no Estado da Bahia.
Foz:O rio de Contas desemboca no Oceano Atlântico na altura do município de Itacaré no Estado da
Bahia.
Municípios Abrangidos:
A bacia hidrográfica do rio de Contas abrange os seguintes municípios de forma total ou parcial:
Abaíra, Aiquara, Anagê, Aracatu, Aurelino Leal, Barra da Estiva, Barra do Rocha, Belo Campo, Boa Nova, Bom Jesus da Serra, Brumado, Caculé, Caetanos, Caetité, Caraíbas, Condeúba, Contendas do Sincorá, Cordeitos , Dário Meira, Dom Basílio, Érico Cardoso, Gongogi, Guajeru,Ibiassucê, Ibicuí, Ibirapitanga, Ibirataia, Iguaí, Ipiaú, Iramaia, Itagibá, Itacaré ,Itagi , Itapitanga,Itiruçu, Ituaçu, Jacaraci, Jequié, Jitaúna, Jussiapé, Lafaiete Coutinho, Lagoa Real , Licínio de Almeida ,Livramento do Brumado , Maetinga , Malhada de Pedras , Manoel Vitorino, Maracás , Mirante , Mortugaba, Nova Canaã, Paramirim , Piatã , Piripá, Poções, Pres. Jânio Quadros, Rio de Contas , Rio do Antônio, Tanhaçu, Tremendal , Ubaitaba, Ubatã e Vitória da Conquista .
Área de Drenagem:
O rio de Contas encontra-se totalmente inserido em território baiano. Considerando os municípios incluídos totalmente na bacia, a área de drenagem perfaz um total de aproximadamente 55.334km2.
Principais Afluentes:Afluentes da margem direita: rio Brumado, rio Gavião e rio Gongogi.
Afluentes da margem esquerda: rio Ourives, rio do Laço, rio Jequiezinho e rio Oricó.

Disponível em: www.seia.ba.gov.br/SGDIA/transarq/.../rio_de_contas2001.pdf
Acesso em: 18 jul. 2009

TERRA: PLANETA ÁGUA

No 2º Módulo do Programa de Ressignificação tivemos como tema estruturador Terra: Planeta água e como estudo orientado sugerimos pesquisa de campo sobre alguns rios que passam por nosso município - Jequié - entre eles destaca-se o Rio de Contas.
Para auxiliar no trabalho dos nossos discentes, passamos a expor algum material encontrado, para que eles possam constuir a sua pesquisa.

O que falta para recuperar o Rio das Contas?
Publicado em Junho 19, 2007
Marcos Oliver

A problemática do Rio das Contas atinge a todos nós, direta ou indiretamente. São 74 municípios banhados pelo Rio. A economia local e baiana depende destes 74 municípios. A saúde, por exemplo, tem efeito devastador. E, não importa de qual dessas cidades é o infectado. Ele, certamente, afetará outros municípios e acarretará prejuízos, se não financeiro, mas à saúde de dezenas, centenas ou até milhares de baianos. A água contaminada é fator de risco para toda uma comunidade. Não se importar com a sua condição, é não ter medo das conseqüências.

Existem pontos mais críticos em algumas cidades do que em outras, mas é preciso levar em conta que o rio segue o seu destino, e ele é único, por tanto, não importa se ele esteja pior em outras cidades, o importante é a sua preservação de um modo em geral. Um projeto de recuperação deve ser elaborado, não só para o município de Jequié e outras cidades mais próximas, mas para todas banhadas pelo Rio.


Se não for possível esta ligação, não será fácil manter o seu curso. Como exemplo, temos o trecho que corta o município de Jequié. Está mau tratado. Lixos, tóxicos, esgotos. Produtos que levam anos para se decompor, e outros que não acabam jogados em seu interior. Se não concordarmos em alterar esta realidade. Se não participarmos dessa desintoxicação, não adiantará nem pra Jequié nem para os municípios que são banhados pelo rio, após passar por Jequié.

E o que mais nos preocupa é o fato de já estarmos cientes desse desastre e até sofrendo as conseqüências do mau uso do Rio das Contas, mas nenhuma ação prática.

Podemos aqui justificar que a população é a grande responsável por este descaso? Sim, principalmente a parte rica da sociedade. Empresários, donos de grandes indústrias que direcionam os restos de suas produções para o leito do Rio. Mas, não podemos, nós população “sem poder” punir seus agressores ou tomar qualquer outra providência para sua recuperação, a não ser pedindo às nossas autoridades políticas, que, aliás, são, por nós outorgados para a função de cobrar constitucionalmente os nossos direitos e lutar por eles, de anotar os pedidos populares e executa-los, a fim de tornar viáveis suas convicções. E, se é dessa forma que contribuímos para manter o Rio das Contas, é o que devemos fazer. Mas, para isso é preciso planejamento e prioridade. Se fosse prioridade a recuperação do Rio das Contas, já estaríamos cessando o problema, que, aliás, trará agravantes bem piores num futuro próximo.

Todos sabem que é ao redor de um Rio que se forma uma comunidade, povoado, cidadela, cidade, metrópole. Na antiguidade, os povos migravam para áreas mais férteis na intenção de plantar, banhar-se, saciar a sede, cozinhar, enfim. A partir de então se formava grandes colônias, que foram se desenvolvendo no leito de um rio. Sua economia, principalmente, dependia em muito das oportunidades de cultivo, navegação e pesca. Não é justo que, depois de toda a sua contribuição para o nosso desenvolvimento, viremos as costas para o Rio das Contas.

“O que é a mata ciliar – A mata ciliar – ou mata de galeria – é uma formação vegetal que ocorre nas margens dos cursos d’água. Exerce funções múltiplas e vitais: tem importante influência na preservação da natureza, regulando a temperatura da água, alimentando a fauna aquática, protegendo o solo da erosão, filtrando nutrientes, permitindo um corredor eficiente para fauna, recarregando o lençol freático, impedindo as enchentes e mantendo, em bom estado, a qualidade da água.

A retirada de mata ciliar nas áreas próximas a cursos d’água causa conseqüências gravíssimas ao meio ambiente, em sua maioria irreversíveis. Para se ter uma idéia, a ausência de mata ciliar acarreta a redução da capacidade de retenção da água da chuva, enchentes, falta de abastecimento do lençol freático devido à diminuição da água armazenada, enxurradas que carregam partículas do solo provocando erosão das encostas e assoreamento dos rios e nascentes, entre outros.”

Antes de nos contentarmos com a Tecnologia, com o fato de não sabermos onde é a fonte de onde sai a água para nossas casas, é preciso ter noção de que algumas tecnologias dependem única e exclusivamente da matéria prima natural: da natureza. O homem não inventa a natureza, apenas a modifica. Este, talvez, seja o motivo primordial para a sua manutenção. Tudo que nos é possível no hoje, depende da matéria prima do ontem. A água, o vento, a terra, são essenciais para a nossa existência, ou seja, se deixarmos que se acabem, acabaremos, também, a existência humana. Se não podemos inventar a natureza, pelo menos podemos preservá-la.

E, se ainda não o fizemos pensando em estar economizando, estamos seguindo pelo caminho errado. Estamos pensando em curto prazo. Pesquisas apontam que o Governo gasta muito mais com o tratamento de doenças, do que com suas investidas para evitá-la. Além de gastar menos, estaremos preservando a saúde de nossa população. Estaremos evitando a escassez da água; a extinção de peixes, peculiar do Rio das Contas.
http://marcosoliver.wordpress.com/2007/06/19/o-que-falta-para-recuperar-o-rio-das-contas/

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Evite locais fechados e abafado

Influenza humana: perguntas e respostas


1. O que é influenza?
2. Resfriado e influenza (gripe) são a mesma coisa?
3. Existem outras doenças que podem ser confundidas com a influenza?
4. Qual o agente causador da influenza humana?
5. Como a influenza humana é transmitida?
6. Como o vírus da influenza existe na natureza?
7. Como o vírus influenza das aves pode causar doença humana?
8. Quais são os sintomas da influenza humana?
9. A influenza humana é uma doença grave?
10. Existe vacina para prevenir a inlfuenza humana ou suas complicações?
11. Qualquer pessoa pode tomar a vacina contra a influenza?
12. Qual a duração da proteção conferida pela vacina contra a influenza?
13. Pode-se ter gripe mesmo estando vacinada contra influenza?
14. A vacina contra influenza pode provocar reações?
15. Quais são os benefícios da vacina contra influenza?
16. Existem medicamentos disponíveis para prevenção e tratamento da influenza humana?
17. Existe tratamento para as complicações da influenza?
18. O que a população pode fazer para evitar a influenza?
19. Que cuidados devem tomar as pessoas que viajarem para um país onde estão ocorrendo casos de influenza aviária?
20. Qual o papel do Ministério da Saúde na prevenção e controle da influenza?
21. O que seria uma pandemia de influenza?
22. Quando ocorrerá uma nova pandemia de influenza?
23. O Brasil poderia ser afetado por uma nova pandemia de influenza?
24. O que o Ministério da Saúde está fazendo para se preparar caso ocorra uma pandemia de influenza?
25. Por que a preocupação com uma pandemia de influenza nesse momento?
26. As vacinas disponíveis atualmente são úteis para prevenir uma pandemia de influenza?
27. Onde obter mais informações?


1. O que é influenza?

Também conhecida como gripe, a influenza é uma infecção do sistema respiratório cuja principal complicação são as pneumonias, que são responsáveis por um grande número de internações hospitalares no País. A doença inicia-se com febre alta, em geral acima de 38ºC, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral por três a quatro dias após o desaparecimento da febre. É uma doença muito comum em todo o mundo, sendo possível uma pessoa adquirir influenza várias vezes ao longo de sua vida. É também freqüentemente confundida com outras viroses respiratórias, por isso o seu diagnóstico de certeza só é feito mediante exame laboratorial específico.

2. Resfriado e influenza (gripe) são a mesma coisa?

Não. O resfriado geralmente é mais brando que a gripe e pode durar de 2 a 4 dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, como congestão nasal, secreção nasal (rinorréia), tosse e rouquidão. A febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares (mialgia) e dor de cabeça (cefaléia). Assim como na influenza, no resfriado comum também podem ocorrer complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção. Os principais agentes infecciosos do resfriada comum são os Rhinovírus (com mais de 100 sorotipos), os Coronavírus, os vírus Parainfluenza (principalmente o tipo 3), o Vírus Sincicial Respiratório, os Enterovírus e o Adenovírus.

3. Existem outras doenças que podem ser confundidas com a influenza?

Sim, além do resfriado comum, a rinite alérgica é uma das doenças que mais se confundem com a gripe. Na rinite alérgica ocorrem sintomas como espirros, congestão e corrimento nasal. Existem duas formas de rinite alérgica: uma sazonal (em determinadas épocas do ano) e uma que dura o ano todo, podendo ser contínua ou intermitente. A rinite alérgica não é acompanhada de febre. Porém, isso pode acontecer quando ela estiver associada a uma infecção.

4. Qual o agente causador da influenza humana?

Um vírus. São conhecidos 3 tipos de vírus da influenza: A, B e C. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações (transformações em sua estrutura genética), sendo que o tipo A é mais mutável que o B e este mais mutável que o tipo C. Os tipos A e B causam maior morbidade (doença) e mortalidade (mortes) que o tipo C. Geralmente as epidemias e pandemias (epidemia em vários países) estão associadas ao vírus do tipo A. O tipo C não tem importância clínica nem epidemiológica.

5. Como a influenza humana é transmitida?

A influenza humana pode ser transmitida:
- de forma direta:, através das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao falar, espirrar, ou tossir; ou
- de forma indireta: por meio das mãos que, após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carrear o agente infeccioso diretamente para a boca, nariz e olhos.

A transmissão direta inter-humana (ou seja, de pessoa-a-pessoa), é a mais comum, mas já foi documentada a transmissão direta do vírus de aves e suínos para o homem.

O período que uma pessoa pode transmitir a doença (transmissibilidade) é de 2 dias antes até 5 dias após o início dos sintomas.

6. Como o vírus da influenza existe na natureza?

Os vírus existem naturalmente em diversas espécies animais, como aves (especialmente as aquáticas, como os patos), mamíferos e herbívoros. Em geral, os vírus são específicos de cada espécie animal e só raramente se observa transmissão cruzada entre espécies diferentes, como da ave para o homem, por exemplo. No entanto, o porco pode se infectar tanto com vírus humanos como com vírus de aves.

As aves silvestres, principalmente as aves migratórias, podem se infectar sem apresentar sintomas. São chamadas de reservatórios naturais do vírus e propiciam sua disseminação entre os continentes, representando um elemento importante na cadeia de transmissão da influenza aviária. No entanto, o vírus da influenza já foi identificado em outras aves como marrecos, maçaricos, gaivotas, garças, pardelas, cisnes, tecelões, cacatuas, tentilhões , além das aves domésticas (galinha, peru, faisão, ganso, codorna, avestruz) e, menos freqüentemente, em passarinhos, periquitos, papagaios e em aves de rapina como o falcão.

7. Como o vírus influenza das aves pode causar doença humana?

- Os vírus influenza estão presentes nas fezes, sangue e secreções respiratórias das aves infectadas. Desse modo, a contaminação humana pode ocorrer pelo contato direto com as aves infectadas por meio de inalação dessas secreções (inclusive durante a limpeza e a manutenção nos aviários ou criadouros sem os cuidados necessários de proteção) ou durante o abate ou manuseio de aves infectadas.

OBS: Não foi evidenciada transmissão pela ingestão de ovos ou pelo consumo de carnes congeladas ou cozidas de aves infectadas.

8. Quais são os sintomas da influenza humana?

Os primeiros sintomas costumam aparecer cerca de 24 horas depois do contágio, e podem ser:
· febre geralmente (>38ºC);
· dor de cabeça;
· dor nos músculos;
· calafrios;
· prostração (fraqueza);
· tosse seca;
· dor de garganta;
· espirros e coriza
· Podem apresentar ainda pele quente e úmida, olhos hiperemiados (avermelhados) e lacrimejantes. As crianças podem apresentar também febre mais alta, aumento de linfonodos cervicais (gânglios no pescoço), diarréia e vômitos.

9. A influenza humana é uma doença grave?

Geralmente a influenza é uma infecção auto-limitada, ou seja, evolui para cura completa devido a reação do próprio organismo humano à ação do vírus. No entanto, a influenza pode causar doença grave em idosos, pessoas portadoras de doenças crônicas (como diabetes, câncer, doenças crônicas do coração, dos pulmões e dos rins), pessoas imunodeprimidas, gestantes no 2° e 3° trimestres de gravidez e recém-nascidos. Essas pessoas são consideradas grupos de maior risco para apresentar complicações da influenza, como a pneumonia, e podem precisar de atenção hospitalar quando adoecem.

10. Existe vacina para prevenir a influenza humana ou suas complicações?

Sim. O Ministério da Saúde do Brasil, a partir de 1999, vem realizando campanhas anuais de vacinação contra a influenza para os idosos com idade de 60 anos ou mais, geralmente no mês de abril. Esta vacina faz parte do calendário de vacinação da população indígena e também é disponibilizada nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) de cada Estado, para uso dos indivíduos que pertencem aos grupos de risco acima apontados.

A composição da vacina varia a cada ano, de acordo com os tipos de vírus da influenza que estão circulando de forma predominante em ambos nos hemisférios Norte e Sul.

11. Qualquer pessoa pode tomar a vacina contra a influenza?

Sim, a partir dos seis meses de idade e desde que não tenha alergia a ovo (uma vez que esta vacina é produzida em ovos de galinha). No entanto, a política de vacinação contra a influenza atualmente adotada pelo MS é direcionada para os grupos de maior risco de desenvolver as formas graves e complicações da doença (referidos no item 9).

12. Qual a duração da proteção conferida pela vacina contra a influenza?

A vacina protege por um ano. Entretanto o vírus da gripe é capaz de mudar suas características com muita freqüência, por isso a cada ano é necessário que se tome uma nova vacina.

13. Pode-se ter gripe mesmo estando vacinada contra influenza?

Sim, porque a vacina protege contra os três tipos de vírus que anualmente fazem parte da sua composição e porque, entre os idosos, sua proteção não é de 100%. Mesmo assim, a vacinação diminui a gravidade da gripe e, portanto, as chances de complicações e óbitos.

14. A vacina contra influenza pode provocar reações?

Sim, mas as reações são geralmente leves. As mais comuns são: dor, vermelhidão e enduração no local de aplicação, que ocorrem nas primeiras 72 horas após a vacinação. A febre como reação adversa à vacina ocorre em menos de 1% dos casos e reações alérgicas graves (anafilaxia) não são comuns. Acredita-se que as reações estejam associadas aos componentes vacinais, principalmente à proteína do ovo de galinha (que é utilizado na produção da vacina). É essencial que as pessoas que tenham história de alergia a alguma vacina, ao ovo ou a proteínas de galinha, informem ao profissional de saúde antes de receber a vacina. Raramente ocorre dor em trajetos de nervos (neuralgia), sensação de dormência (parestesia) e fraqueza muscular.



15. Quais são os benefícios da vacina contra influenza?

- Proteção contra o vírus da Influenza ou gripe e contra as complicações da doença, principalmente as pneumonias bacterianas secundárias.
- Estudos recentes indicam que a vacina também pode proteger contra infarto e derrame.

16. Existem medicamentos disponíveis para prevenção e tratamento da influenza humana?

Sim. Apesar de o tratamento da influenza não complicada ser realizado com medicações sintomáticas, repouso, hidratação e alimentação leve, nas situações em que há indicação médica podem ser utilizadas duas classes de drogas, os bloqueadores do canal M2 de envelope viral (amantadina e rimantadina) ou os inibidores da neuraminidase (oseltamivir e zanimivir). Há vantagens e desvantagens no uso de ambos os grupos de drogas, que devem ser avaliados pelo médico que fará as prescrições, quando necessário.

OBS: devido ao risco do aparecimento de algumas reações graves, é importante evitar o uso de ácido acetilsalisílico na vigência de quadros de influenza.

17. Existe tratamento para as complicações da influenza?

Sim. As principais complicações são as infecções bacterianas secundárias, principalmente as pneumonias. Em caso de complicações, o tratamento será específico, geralmente com antimicrobianos (antibióticos). Para tanto, é fundamental procurar atendimento nas unidades de saúde (postos/centros de saúde ou hospitais).

18. O que a população pode fazer para evitar a influenza?

Como medida geral de prevenção e controle de doenças de transmissão respiratória, recomenda-se

a) População em geral
- higiene das mãos com água e sabão (depois de tossir ou espirrar; depois de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz);
- evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
- usar lenço de papel descartável;
- proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
- orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até 5 cinco dias após o início dos sintomas);
- evitar aglomerações e ambientes fechados (deve-se manter os ambientes ventilados);
- é importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias;
- restrição do ambiente de trabalho para evitar disseminação;
- hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física.

b) Cuidados no manejo de crianças em creches:
- encorajar cuidadores e crianças a lavar as mãos e os brinquedos com água e sabão quando estiverem visivelmente sujas;
- encorajar os cuidadores a lavar as mãos após contato com secreções nasais e orais das crianças, principalmente quando a criança está com suspeita de síndrome gripal;
- orientar os cuidadores a observar se há crianças com tosse, febre e dor de garganta, principalmente quando há notificação de surto de síndrome gripal na cidade; os cuidadores devem informar os pais quando a criança apresentar os sintomas citados acima;
- evitar o contato da criança doente com as outras. Recomenda-se que a criança doente fique em casa, a fim de evitar transmissão da doença;
- orientar os cuidadores e responsáveis pela creche que notifiquem a secretaria de saúde municipal caso observem um aumento do número de crianças doentes com síndrome gripal ou com absenteísmo pela mesma causa na creche;

c) Medidas específicas em situação de epidemia de influenza:
- Pessoas com condições clínicas graves da infecção ou suas complicações (pneumonia viral primária ou bacteriana, por exemplo), recomenda-se procurar tratamento médico-hospitalar. Para esses locais, recomenda-se a adoção estrita de medidas de biossegurança, conforme as orientações técnicas do MS.
- restringir visitas ao paciente, principalmente no período de transmissibilidade da doença (até 5 cinco dias após o início dos sintomas);
colocar máscaras no paciente, se possível, quando o mesmo for transportado;
- Avaliar a necessidade de suspensão temporária das atividades coletivas do grupo etário de crianças e pré-escolares, como forma de reduzir a transmissão ampliada da doença na comunidade.
- Cuidados adicionais com gestantes (2° e 3° trimestre) e bebês para evitar infecções secundárias (pneumonia), e parturientes para evitar transmitir a doença para o bebê:
o gestante:
::. buscar o serviço de saúde caso apresente sintomas de síndrome gripal;
::. na internação para o trabalho de parto, priorizar o isolamento se a mesma estiver com diagnóstico de influenza;
o parturiente:
::. após o nascimento do bebê, se a mãe estiver doente, usar máscara e lavar bem as mãos com água e sabão antes de amamentar e após manipular suas secreções; estas medidas devem ser seguidas até sete dias após o início dos sintomas da mãe;
::. a parturiente deve evitar tossir ou espirrar próximo ao bebê;
o bebê:
::. priorizar o isolamento em berçários
::. os profissionais e mães devem lavar bem as mãos e outros utensílios (mamadeiras, termômetros, etc);

- Além dessas recomendações outras medidas de controle e prevenção poderão ser adotadas, de acordo com a gravidade, extensão geográfica e magnitude do surto.

19. Que cuidados devem tomar as pessoas que viajarem para um país onde estão ocorrendo casos de influenza aviária?

- Evitar contato com aves em granjas e mercados públicos;
- Evitar ingerir alimentos de origem animal (principalmente aves e suínos) crus ou de procedência duvidosa;
- Evitar locais fechados com grande concentração de pessoas;
- Manter cuidados básicos com a higiene pessoal, como lavar sempre as mãos antes de se alimentar ou levar a mão ao rosto (ver questão 19);
- Procurar imediatamente o serviço de saúde caso venha a apresentar sintomas como os já citados acima.

20. Qual o papel do Ministério da Saúde na prevenção e controle da influenza?

O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), elabora normas e coordena, no âmbito nacional, as ações de vigilância e controle da influenza, incluindo as campanhas anuais de vacinação referidas acima, bem como a assessoria e supervisão as secretarias estaduais e municipais de saúde no desenvolvimento dessas ações, bem como realizando estudos sobre a morbimortalidade por influenza e causas associadas para avaliar aspectos específicos da transmissão da doença no país.

O MS, em conjunto com as secretarias estaduais e municipais mantém desde o ano 2000 um Sistema Nacional de Vigilância da Influenza, com os objetivos principais de monitorar a circulação dos vírus influenza em nosso meio e a morbimortalidade à ele associada. Este Sistema baseia-se na manutenção de uma rede de unidades sentinela, composta por unidades de saúde/pronto atendimento, que semanalmente coleta material para diagnóstico laboratorial e informa a proporção de casos de síndrome gripal atendidos em sua demanda. Para o diagnóstico laboratorial da influenza humana são realizados testes específicos em amostras de coletadas da secreção nasofaríngea, através da técnica de aspirado nasofaríngeo e/ou de swab combinado. Atualmente, o Sistema de Vigilância da Influenza está implantado em 46 unidades sentinelas, a maioria localizada nas capitais de 21 estados das cinco regiões brasileiras, com previsão de implantação em todos os estados brasileiros até o ano 2006.

OBS: Independente da participação nesta rede sentinela, toda suspeita da ocorrência de surto de influenza deve ser notificada a secretaria municipal ou estadual de saúde, ou mesmo ao ministério da saúde, em consonância com as normas atuais sobre a notificação de doenças transmissíveis no país.

Destaca-se também a articulação do Ministério da Saúde com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, buscando uma maior integração das vigilâncias da influenza humana e animal.

21. O que seria uma pandemia de influenza?

O termo pandemia significa uma epidemia em grandes proporções (tanto em número de pessoas envolvidas, quanto em área geográfica) que atinge diversos paises geralmente de forma simultânea, decorrente da existência de um grande número de pessoas susceptíveis à infecção por um novo vírus da doença.
Pandemias de influenza ou gripe já causaram graves danos durante toda história. No último século ocorreram pelo menos três grandes pandemias quem em poucas semanas causaram grande impacto na morbidade e mortalidade, afetando principalmente crianças e adultos jovens e provocando situações de ruptura social.

22. Quando ocorrerá uma nova pandemia de influenza?

O intervalo entre as três principais pandemias de influenza que ocorreram no século passado foi de 39 anos entre as chamadas Gripe Espanhola e a Gripe Asiática e de 11 anos entre esta e a Gripe de Hong Kong. Não é possível prever exatamente quando uma nova pandemia ocorrerá, mas é possível, por meio do monitoramento dos vírus influenza e da situação epidemiológica nacional e internacional, identificar indícios de que este fenômeno possa estar mais próximo de acontecer. Para a eclosão de uma pandemia é necessário, basicamente, o surgimento de uma nova cepa (tipo) do vírus influenza com capacidade para provocar doença no homem e que esta cepa tenha facilidade de ser transmitida por contágio inter-humano direto (ou seja, de pessoa-a-pessoa).

23. O Brasil poderia ser afetado por uma nova pandemia de influenza?

No cenário epidemiológico mundial atual, o vírus da influenza aviária H5N1 representa a ameaça de uma nova pandemia, uma vez que está circulando entre aves em 13 países e em quatro deles tem provocado - de forma esporádica - casos entre seres humanos. Há um risco que este vírus H5N1 possa sofrer uma mutação (ou seja, alterações das suas características genéticas atuais) e adquirir condições de ser transmitido diretamente entre os seres humanos, iniciando-se assim uma nova pandemia. Não é possível prever exatamente se e quando isto vai ocorrer, mas é possível que ocorra. Neste caso, todos os países serão afetados, em maior ou menor intensidade, dependendo do tipo de mutação que ocorra no vírus e da capacidade de resposta rápida das autoridades de saúde pública a nível mundial.

24. O que o Ministério da Saúde está fazendo para se preparar caso ocorra uma pandemia de influenza?

O Ministério da Saúde elaborou um Plano de Contingência para a próxima pandemia de influenza. Este Plano prevê ações nas áreas da vigilância epidemiológica da influenza humana e animal, organização da assistência, aquisição de um estoque estratégico de antivirais, investimentos para a produção nacional de uma vacina específica, informação e comunicação, defesa civil, ações em portos, aeroportos e fronteiras, dentre outros, e deve integrar um plano global do governo federal para o enfrentamento de uma situação emergencial como esta, caso ela venha a ocorrer.

Para a construção deste Plano tomou-se como referência as orientações da Organização Mundial de Saúde, as discussões acumuladas até o momento no âmbito do Comitê, a bibliografia disponível sobre a situação mundial da influenza e a consulta a planos de contingência de outros paises.

25. Por que a preocupação com uma pandemia de influenza nesse momento?

Porque há evidências que este vírus da influenza aviária H5N1 estabeleceu boas condições de sobrevivência entre aves aquáticas no sudeste asiático, propiciando que a transmissão ave/homem continue a ocorrer, mesmo que de forma geograficamente circunscrita ao sudeste asiático. No entanto, tem havido mais recentemente a expansão geográfica de focos de influenza aviária para países de outros continentes, o que aumenta o risco de exposição dos seres humanos à aves infectadas. Quanto mais casos de influenza aviária H5N1 em humanos, maior a chance de ocorrer uma mutação no vírus que permita sua transmissão ampliada na população mundial. Até o momento a transmissão inter-humana desta cepa ainda não está confirmada.

26. As vacinas disponíveis atualmente são úteis para prevenir uma pandemia de influenza?

Não. Só será possível produzir uma vacina contra uma pandemia de influenza quando efetivamente surgir uma nova cepa do vírus que tenha capacidade de transmissão pessoa a pessoa. No entanto, o Ministério da Saúde vem aumentando os investimentos no Instituto Butantã/SP - que já vinha sendo preparado para a produção nacional de vacinas contra as cepas epidêmicas anuais de influenza - para que também seja possível a produção emergencial de vacinas contra uma cepa pandêmica. Os ensaios de produção desta nova vacina começarão a ser feitos já em 2006, utilizando-se como modelo a atual cepa H5N1.

27. Onde obter mais informações?

Para outras informações, acessar os sites a seguir:

Ministério da Saúde
www.saude.gov.br

Secretaria de Vigilância em Saúde
www.saude.gov.br/svs

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
www.agricultura.gov.br

Agência Nacional de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br

Organização Mundial de Saúde:
www.who.int

Organização Mundial de Saúde Animal
www.oie.int

Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
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domingo, 12 de julho de 2009

POLUIÇÃO E DESENVOLVIMENTO: UMA PARCERIA QUE NÃO DÁ CERTO

Talvez você pense que a Química só existe para complicar sua dura vida de estudante. Puro preconceito.
O objetivo dessa ciência é exatamente o opsto: facilitar a vida em sociedade e torná-la mais agradável. Afinal, é estudando as substâncias que os químicos ajudam a melhorar as condições de trabalho, preservar a saúde, aumentar o conforto e até mesmo criar formas de diversão.
Desenvolver novas fontes de energia é outro desafio dos cientistas. A grande maioria das atividades humanas depende da energia liberada por reações químicas. Sem eleas, o mundo moderno não teria como manter funcionando seu fantástico arsenal tecnológico.
A energia elétrica que faz funcionar elevadores, ventiladores, computadores e lâmpadas é obtida em muitos países por meio de usinas termelétricas, que queimam combustíveis fósseis, como o petróleo. Já os telefones celulares, os telefones sem fio, os relógios, os controles remotos e muitos outros aparelhos funcionam com baterias que ontêm energia por meio de reações de materiais que contêm, por exemplo, lítio e cádmio. E esses são apenas dois exemplos das inúmeras utilizações da Química na sociedade.
Por esses exemplos, vemos que as reações desenvolvidas pelos químicos para obter novos materiais ou energia trazem mais conforto e bem estar. No entanto, todo esse progresso costuma andar de mãos dadas com uma perigosa ameaça que atende pelo famisíssimo nome de poluição.
SANTOS, Wilson Luiz dos, MÓL, Gerson de Souza. Química e Sociedade. Volume único, ensino médio. São Paulo : Nova Geração, 2005.