quinta-feira, 15 de abril de 2010

Assessoria de Programas e Projetos Especiais - Fala sobre o Programa

Desenvolvido pelas Unidades Escolares da rede pública estadual, o Programa de Ressignificação da Dependência (Progressão Parcial) é uma experiência inovadora de sucesso, que vem sendo ampliada na rede, sob o aval da Secretaria da Educação do Estado da Bahia.
Leia mais em: http://www.educacao.estudantes.ba.gov.br/node/310

Álbum da WEB Picasa - Fotos do Programa de ressignificação - 2010

Olá! faça uma visitinha aos álbuns do programa de ressignificação do sistema de dependência para acompanhar o desenvolvimento do nosso trabalho.
http://picasaweb.google.com.br/home

segunda-feira, 5 de abril de 2010

ESTRANGEIRISMO - Estudo Orientado da área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

ESTRANGEIRISMO. O QUE PENSA O POVO.

Por todos os lugares há estrangeirismos: no bar, na lanchonete, no mercado, no banco, nos restaurante, nas lojas em outros estabelecimentos. Mas qual é a razão pela qual as pessoas usam tanto estrangeirismo? Por que usar o inglês em vez do português?

Fizemos uma pesquisa nas ruas da cidade, em lojas, bancos e outros estabelecimentos comerciais e essa mostrou que de uma certa forma o inglês influencia as pessoas. No caso de uma loja com o nome de Hot Point, foram abordados vários clientes e questionou-se sobre a influência do nome da loja em inglês e a possível mudança do nome para o referente em português Ponto Quente. Algumas pessoas não gostariam da mudança do nome, pois entraram na loja para comprar devido ao nome diferente (a loja tem o nome em inglês). E, segundo o gerente da loja, o nome foi escolhido em inglês, pois se tivesse que colocar o correspondente em português, eles (os donos) não teriam colocado, pois não seria um nome atrativo e se pareceria mais com o nome de uma lanchonete do que com o nome de uma loja de roupas, como é o caso.

Nos estabelecimentos bancários, as expressões em inglês são comuns, e de acordo com um gerente, esses nomes não são trocados pelo correspondente devido a muitos bancos terem sido comprados por bancos internacionais, e também por uma questão de globalização. Porém, ele reconhece que a maioria dos clientes do banco não entende os termos em inglês e busca freqüentemente ajuda.

Para saber o que o povo pensa, foram entrevistadas 50 pessoas, sendo 58% do sexo masculino e 42% do sexo feminino; a maioria é maior de 22 anos e com apenas o Ensino Médio completo. A primeira questão foi sobre qual a importância da língua inglesa em nosso país, ao que 45% responderam que é importante devido à globalização e à necessidade de se saber uma segunda língua; 55% consideram desnecessário o uso de termos da língua inglesa, pois isso só contribui para a degeneração da nossa língua. Para 23% dos entrevistados, a televisão é a maior responsável por essa invasão; 27% acham que o responsável é a globalização; 40% acham que moda, música, alimentação e influências culturais de países de língua inglesa é que são os responsáveis por essa invasão.

No comércio, há um grande e abusivo uso de termos em inglês. Nesses estabelecimentos, 56% dos donos e gerentes dizem que a escolha foi por mero acaso, porém, 34% escolheram o uso de nomes e termos da língua inglesa por acharem que ela tem maior influência sobre a decisão dos brasileiros na hora de escolher um estabelecimento; já 10% desses entrevistados deram outros motivos diferentes para justificar a escolha.



CONCLUSÃO

Podemos entender que a importação do léxico em inglês é conseqüência de um processo de adoção cultural, e de certa forma inevitável. Em última instância, a posição crítica do trabalho rejeita o uso abusivo de expressões, sendo que na maioria das vezes a língua portuguesa oferece equivalentes.

De certa forma, os brasileiros não estão sentindo que a língua inglesa ameaça a língua portuguesa e a nossa cultura. Portanto, entendemos que o projeto de Aldo Rebelo não é apenas um “idiotismo”, como diz a oposição, mas sim um projeto que visa evitar o uso desnecessário de palavras da língua inglesa quando temos um correspondente em português. Apesar de ser um projeto difícil, complicado, de longo fôlego, resta que se estabeleça o que é e o que não é exagero. E, enquanto não aparece alguém que possa fazer isso de maneira coerente, os professores de língua portuguesa do país têm condições de conscientizar os alunos de que sua língua é a sua pátria.

Temos que reconhecer que o projeto não veio bloquear o desenvolvimento da nossa língua em relação ao mundo, mas evitar a desmoralização da língua portuguesa e incentivar o brasileiro a valorizar o que é seu. Esse sentimento deve ser o sentimento de cada um de nós. Pode ser que conscientizar seja pouco e insuficiente, porém enquanto houver professores há esperança!

Se os professores de todas as áreas darem tempo para estudar e refletir à sua classe, e os objetivos do currículo escolar é introduzir os alunos à proteção do idioma, certamente no futuro o que hoje é uma polêmica, amanhã será patriotismo.

Fernando Pessoa, grande poeta português, afirma: “Não tenho sentimento nenhum político ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriótico. Minha pátria é a língua portuguesa”.

Há uma frase que diz: “Só se deixa dominar quem não se sente dominado por aquilo que é seu”. Enquanto não existir patriotismo brasileiro, nós seremos dominados. A missão que temos vai além de ensinar uma língua, nossa missão é formar cidadãos patriotas.

 
Eliane de Paula Batista Pompei
FONTE:: www.unasp-ec.edu.br/biblioteca/.../tcc-tradutor%5Ctcceliane.doc
Parte do texto: ESTRANGEIRISMOS: EVOLUÇÃO OU REVOLUÇÃO